Já em 1558, um frei português chamado Thevet, em visita ao Brasil, falou de um pequeno animal de pêlo dourado, por ele chamado de “Saguin”, que era muito bravo mas de espetacular beleza, e era usado como animal de estimação pelos índios. Já nesta época, a “juba” lhes deu o apelido de mico-leão.
Quando se percebeu o risco de desaparecimento da espécie, começaram os estudos para saber quantos ainda existiam. Na época, considerava-se que uma outra espécie, o mico-leão preto, já fora extinta pela destruição das florestas. Descobriu-se que pouco mais de 200 ainda existiam!
A maior parte dos estudos realizados até hoje dedicou-se aos micos-leões dourados, que foram justamente aqueles pelos quais se iniciou o programa internacional de proteção à espécie, envolvendo zoológicos de todo o mundo, criação de reservas florestais e mudanças na legislação, para impedir o tráfico e caça destes micos. Foram tantos estudos que seu comportamento e sua ecologia são usados como parâmetro para as demais espécies de mico-leão.
Embora o tráfico destes animais para outras regiões do mundo seja muito antigo, une-se à destruição da Mata atlântica como os maiores riscos à sobrevivência da espécie. Outros fatores, como animais competidores vindos de outras regiões, doenças e novos predadores também ameaçam os micos-leões.
Hoje, estima-se que cerca de 1200 indivíduos vivam em liberdade, nas matas baixas do Rio de Janeiro, número muito pequeno para a segurança da espécie. Cerca de um terço deste número resulta dos programas de re-introdução da espécie em habitats primitivos por populações de cativeiro. O mico-leão dourado foi adotado como símbolo da proteção à fauna brasileira, e os esforços para sua proteção e recuperação devem ser usados como modelos para muitas outras espécies.
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