segunda-feira, 29 de março de 2010
quarta-feira, 24 de março de 2010
a matança de focas no canada
Foi aberta no final de março a temporada anual de caça às focas no Golfo de St. Lawrence, Canadá. O governo autorizou a matança de 320 mil focas, sendo a maioria filhotes, até o dia 15 de maio, quando se encerra a temporada. No entanto, grande parte é morta durante uma operação que dura cerca de 36 horas seguidas e envolve centenas de caçadores oportunistas, que vêem nessa atividade temporária uma excelente chance de ganhar dinheiro exclusivamente com a venda das peles desses animais.
Toda primavera, milhões de focas vêm para os bancos de gelo flutuantes na costa de Newfoundland, província do Canadá. Elas se reproduzem e têm seus filhotes nessas águas aparentemente tranqüilas. Infelizmente, para muitas focas, são águas violentas. A caça às focas é uma atividade que vem sendo praticada na costa de Newfoundland desde 1700. Os caçadores, que fazem dessa atividade sua fonte de sustento há gerações, aproveitam a carne, a pele e outras partes do animal. Infelizmente, algumas partes são vendidas secas para o mercado asiático que as utiliza, como de costume, para produzir seus pseudo-remédios afrodisíacos.
Esse é o segundo ano que o governo canadense permite a matança de tamanha cota (ano passado foram 300 mil). Os filhotes são muito visados e valorizados devido à sua pelagem branca, conservada até duas ou três semanas de idade. Os Estados Unidos e quase toda a Europa já proibiram a importação da pele de foca, mas esse negócio continua sendo muito rentável. A campanha Internacional pela Focas (ICS, na sigla em inglês) denuncia que Ottawa quer levantar a proibição de 15 anos de matança de filhotes de foca e estabelecer “zonas de exclusão de focas”, quando haveria então grandes áreas nos oceanos onde qualquer foca poderá ser exterminada. Outros grupos de defesa dos animais dizem que o governo está usando as focas como “bodes expiatórios” para encobrir sua má administração dos estoques pesqueiros.
A verdade é que em função de um desequilíbrio ambiental provocado pelo próprio homem __ a drástica redução da população de ursos polares __, a população de focas aumentou demasiadamente. Em conseqüência direta, o bacalhau do Atlântico Norte vem sendo consumido nos últimos anos pelas focas em números insustentáveis. Seriamente comprometida, a industria pesqueira do bacalhau vem pressionando o governo canadense a permitir a matança das focas no sentido de tentar equilibrar a cadeia alimentar da região, pois os estoques naturais desses peixes estão desaparecendo. As autoridades canadenses alegam que a iniciativa é justificável do ponto de vista ecológico e financeiro. Sob esse ponto de vista, a caça protegeria os estoques naturais de peixes e conservaria os empregos na Província de Newfoundland.
É mais um flagrante desrespeito às leis que regem o planeta. A natureza, quando seriamente atingida, sempre tende a voltar ao equilíbrio de suas forças. A redução dos ursos polares nos últimos anos, proporcionou na mesma intensidade, o aumento na população de focas. Como elas se alimentam de peixes, o bacalhau e outras espécies vêm sofrendo as conseqüências em seus estoques. Porém, a tentativa de corrigir esse problema eliminando do ambiente 300 mil indivíduos em tão pouco tempo, certamente provocará outro desequilíbrio, talvez ainda maior e com conseqüências imprevisíveis.
Independente dessa questão moral-econômica-ecológica, as imagens sangrentas dos caçadores matando bebes-focas, que correm o mundo, depõem contra qualquer argumento plausível a favor da matança das focas, um evento onde a crueldade é absolutamente desnecessária. Os animais são mortos a pauladas e muitos são escorchados ainda vivos. Assemelha-se bastante à matança dos tubarões para obtenção das barbatanas (finning). Gananciosamente, mata-se o animal para obter uma parte valiosa e muito rentável de seu corpo, descartando-se todo o resto.

Ameaçado
Nome vulgar: TAMANDUÁ-BANDEIRA
Classe: Mammalia
Ordem: Xenarthra
Família: Myrmecophagidae
Nome científico: Myrmecophaga tridactyla
Nome inglês: Giant anteater
Distribuição: Nos campos e cerrados da América Central e do Sul.
Habitat: Florestas, savanas e cerrados das Américas do Sul e Central.
Hábitos: Vive no chão, mas sobe bem nas árvores e é capaz de nadar. Come 30 mil insetos por dia.
Longevidade: 25 anos
Tamanho: até 120 cm, mais 90 cm para a cauda.
Época reprodutiva: Primavera
Gestação: Incubação: 190 dias
Nº de filhotes: um de cada vez
Alimentação na natureza: Formigas, cupins e larvas.
Alimentação em cativeiro: Nos zoológicos não existem tantos insetos e o tamanduá não come o que não gosta. Quase todas as espécies criadas em zoológicos morrem antes de ter filhotes.
Causas da extinção: Destruição do meio ambiente (queimadas e caçadores).
O tamanduá-bandeira passeia calma e tranqüilamente com seu longo focinho cônico voltado para o chão. Ele está procurando alimento. Seu olfato bem desenvolvido vai levá-lo fielmente ao alvo. Uma vez encontrado o formigueiro, o tamanduá cava a terra com suas fortes garras e mete o focinho no buraco. Sua língua pegajosa, de mais de meio metro de comprimento, explora as galerias do formigueiro. depois de pegar um número grande de formigas, o tamanduá recolhe a língua.
O tamanduá não possui dentes. O estranho desdentado caça de dia nos campos cerrados e nas florestas da América Central e do Sul, desde a Guatemala até a Argentina. Quando vive próximo das cidades, ele sai principalmente à noite. É cauteloso, pacífico e solitário. defende-se com as fortes garras das patas dianteiras. Seu principal alimento são as formigas, os cupins e larvas. Come também vermes e pequenas centopéias. Na primavera, a fêmea dá à luz um filhote que carrega nas costas até cerca de um ano de idade.
animais em extição
Tamanduá-bandeira, Cuxiú, Tatú-canastra, Jaguatirica, Uacari-vermelho, Lobo-guará, Veado-campeiro
terça-feira, 23 de março de 2010
seres - vivos em extinção
Cachorro-vinagre
Cervo-do-pantanal
Elefante-indiano
Elefante-da-floresta
Elefante-da-savana
Baleia-azul
Chimpanzé
Gato do mato
Gato palheiro
Gorila-do-ocidente
Gorila-do-oriente
Jaguatirica
Leopardo
Lobo-vermelho
Morcego-cinza
Onça-parda
Onça-pintada
Orangotango
Panda-gigante
Peixe-boi
Tigre
Urso-polar
Veado
Aves
Abutre das montanhas
Arara-azul-de-lear
Arara-azul-grande
Arara-azul-pequena
Ararinha-azul
Araracanga ou Arara-piranga
Arara-de-barriga-amarela
Arara-vermelha
Bacurau-de-rabo-branco
Bicudo-verdadeiro
Cardeal-da-amazônia
Cegonha preta
Galo da serra
Gaivota de rabo preto
Gavião real
Grifo
Maracanã
Pato mergulhão
Papagaio Pica-pau de coleira
Pintor Verdadeiro
Rolinha
Tucano-de-bico-preto
Répteis
Cágado de Hoge
Camaleãozinho
Cobra lisa européia
Cobra de vidro
Tartaruga de couro
Tartaruga-marinha
Tartaruga meio-pente
Tartaruga oliva
Tartaruga-de-couro
Dragão-de-komodo
Jararaca de alcatrazes
Jacaré-de-papo-amarelo
Lagartixa da areia
Lagartixa da montanha
Víbora cornuda
Plantas
Andiroba
Cedro
Jacarandá
Mógno
Pau-brasil
Pau-de-cabinda
Pau-Rosa
sábado, 6 de março de 2010
o lobo europeu
Ancestral do cachorro doméstico, o lobo-europeu (Canis lupus) é o maior membro da família Canidae. Está distribuído geograficamente na América do Norte, Eurásia e Groenlândia. Possui uma grande e complexa organização social em matilhas de 8 a 12 animais, cuja hierarquia é claramente definida, que gira em torno do casal dominante.
A matilha patrulha grandes territórios que são marcados com urina. Anunciam sua presença por uivos, que podem ser ouvidos a 10 km de distância e que também servem como aviso para matilhas rivais, evitando o confronto. O sentido da audição e o olfato são bem apurados, além de possuírem o tronco forte e desenvolvido para a caça. O pêlo geralmente é cinza e grosso, mas pode variar de coloração do branco, vermelho, marrom e até negro (mais raro).
Seu peso pode chegar até 80 kg para macho e 55 kg para fêmea, suas medidas chegam à 160 cm de cabeça e corpo e cauda até 56 cm. São encontrados em todos os habitats do Hemisfério Norte, exceto em florestas tropicais e desertos áridos. São diurnos, mas podem se tornar noturnos no inverno. O período de gestação é de 63 dias com o nascimento de 06 filhotes, em média, que podem pesar até 450 g.
Os filhotes são criados em ocos de árvores, tocas ou outros abrigos, onde são alimentados por regurgitação. A mãe fica ao lado da cria por um tempo enquanto o macho e o resto da matilha saem para caçar. Com 08 ou 10 meses estão prontos para viajar com a matilha. Adquirem maturidade sexual com 22 meses e podem viver até 13 anos de idade.
Atualmente, o lobo-europeu é considerado espécie vulnerável, tem sido perseguido e exterminado por caçadores e por cães treinados e até envenenados.
Com a expansão humana e destruição de seu habitat, as matilhas são forçadas a invadir áreas agrícolas para caçar e então são cruelmente mortos. Os lobos são protegidos por leis federais em alguns países, mas ainda podem ser caçados por esporte em outros. Diversas iniciativas de reprodução em cativeiro visam a preservação do patrimônio genético da espécie.
mico - leão - dourado
Já em 1558, um frei português chamado Thevet, em visita ao Brasil, falou de um pequeno animal de pêlo dourado, por ele chamado de “Saguin”, que era muito bravo mas de espetacular beleza, e era usado como animal de estimação pelos índios. Já nesta época, a “juba” lhes deu o apelido de mico-leão.
Quando se percebeu o risco de desaparecimento da espécie, começaram os estudos para saber quantos ainda existiam. Na época, considerava-se que uma outra espécie, o mico-leão preto, já fora extinta pela destruição das florestas. Descobriu-se que pouco mais de 200 ainda existiam!
A maior parte dos estudos realizados até hoje dedicou-se aos micos-leões dourados, que foram justamente aqueles pelos quais se iniciou o programa internacional de proteção à espécie, envolvendo zoológicos de todo o mundo, criação de reservas florestais e mudanças na legislação, para impedir o tráfico e caça destes micos. Foram tantos estudos que seu comportamento e sua ecologia são usados como parâmetro para as demais espécies de mico-leão.
Embora o tráfico destes animais para outras regiões do mundo seja muito antigo, une-se à destruição da Mata atlântica como os maiores riscos à sobrevivência da espécie. Outros fatores, como animais competidores vindos de outras regiões, doenças e novos predadores também ameaçam os micos-leões.
Hoje, estima-se que cerca de 1200 indivíduos vivam em liberdade, nas matas baixas do Rio de Janeiro, número muito pequeno para a segurança da espécie. Cerca de um terço deste número resulta dos programas de re-introdução da espécie em habitats primitivos por populações de cativeiro. O mico-leão dourado foi adotado como símbolo da proteção à fauna brasileira, e os esforços para sua proteção e recuperação devem ser usados como modelos para muitas outras espécies.
os suricatas
Os suricatas (Suricata suricatta) são mamíferos pertencentes à família Herpestidae, que é representada por diversas espécies de carnívoros de pequeno e médio porte e habitam regiões quentes da Europa, África e Ásia. De modo geral, possuem a cabeça alongada, focinho pontiagudo, patas curtas e cauda comprida. Eles se alimentam principalmente de pequenos vertebrados (ratos, pássaros, lagartos e cobras), mas também podem se alimentar de insetos, aranhas e escorpiões.
Estes pequenos animais são extremamente curiosos e estão entre os mamíferos mais sociáveis, vivendo em grupos formados por duas à três famílias. Estes grupos são constituídos de aproximadamente 25 membros de ambos os sexos e todas as idades. A gestação dura em torno de 77 dias, nascendo de 2 à 5 filhotes.
Os filhotes abrem os olhos depois de 10 dias de vida, desmamam após 07 semanas e atingem a maturidade sexual com um ano de idade. Essa espécie habita áreas abertas do sul da África e possuem hábitos diurnos, gastando a maior parte do tempo em busca de alimento e na construção de abrigos, utilizando-se das patas dianteiras para cavar. Um fato curioso é que enquanto o grupo está em atividade ou em repouso, há sempre 01 ou 02 indivíduos de vigia, apoiados em suas patas traseiras e base da cauda, geralmente no local mais alto que encontram.
Observam tudo que ocorre à sua volta, como por exemplo, a aproximação de algum outro animal perigoso ao grupo. Além disso, caso algum indivíduo adoeça, todos os outros permanecem próximos a ele, em um ato solidário. O suricata é bem conhecido pelas crianças por ter sido o personagem “Timão” que fez dupla com o javali “Pumba” em uma das mais famosas produções da Disney: “O Rei Leão”.
o leão marinho
Animais muito carismáticos e inteligentes, os leões marinhos podem ser encontrados desde o litoral sul do Brasil, Uruguai, Argentina e Chile, até as praias rochosas do Peru, incluindo as ilhas que ocorrem no meio deste percurso. Mesmo com machos se distanciando bastante das colônias após a época do acasalamento, não são considerados animais migratórios. Os machos chegam a medir 2,40m de comprimento e pesar em média 350kg, enquanto as fêmeas podem alcançar 1,80m e pesar cerca de 150kg. Os filhotes nascem com aproximadamente 12 kg e permanecem durante um ano ao lado da mãe. Alimentam-se principalmente de peixes, crustáceos, cefalópodes (polvo e lula), aves (incluindo pingüins) e até mesmo lobos marinhos jovens. Desenvolveram a estratégia de caçar em grupo, o que aumenta a chance de captura dos peixes. No Zoológico de São Paulo existem leões-marinhos, que são treinados para facilitar seu manejo. Sua dieta é composta por sardinha, merluza, pescada, manjuba e corvina, sendo que os machos adultos consomem diariamente 14kg e fêmeas 9kg.